sexta-feira, dezembro 29, 2006



Saem as araucárias: amendoeiras, flamboyants, mangueiras, vou voltar, sei que ainda vou. Favela, lixo , abandono, Dutra, Avenida Brasil, trânsito. O calor que deve estar lá fora esperando. Irajá, e uma saudade grande do amigo Avelino, que nunca acreditou em morte, tudo continua. Vontade besta de chorar e outra mais besta ainda de não chegar com os olhos vermelhos. Gentileza.gera.gentileza.amor.bondade.meus.queridos.
o.capitalismo.é.o.maior.dos.pecados.

41 graus e muita chuva no fim da tarde. Júlio está bem maior que eu e é engraçado andar ao lado dele. Dez minutos pela calçada e já vimos muito mais gente que em um dia inteiro na Lapa , do Paraná, é claro. Ele fala sobre guitarras, cifras, cds, quer sair sozinho mas tem medo da violência, quer encontrar uma menina da antiga escola, os colegas da capoeira, comprar tenis novo, fazer trilha na floresta. Eu quero ir dançar na Lapa, Lapa do Rio, é claro. A chuva estragou sapatos e sacolas. Depois de amanhã é Natal!


Natália tem covinhas e o cabelo cacheado. Já tenho namorado tia,e não é o Rodrigo não . Não tem namorado nada, eu é que tenho lá na minha escola. Clarissa está uma moça, fez escova no cabelo para ir numa festa, esqueceu e caiu na piscina. Minha madastra dança funk, quem diria. Logo mais tem Monobloco no Circo Voador. O Rio de Janeiro continua lindo.

Em janeiro lá em Campo o pessoal começa a colher o fumo, depois o milho,a soja. Passei no concurso,vou ter férias, décimo terceiro, talvez antes do fim do mês meu carro esteja pronto. Vida tranquila, cidade tranquila, noite fresca , janela aberta. bicicleta esquecida na frente da casa. O portão tem que estar sempre trancado, mas é só pro cachorro não sair. E aí, que tal a vida lá no Sul? Já ficou rica?Outra civilização, qualidade de vida ...qualidade de vida? Pode ser. Podem ir. Eu se pudesse ficava aqui. Logo mais tem o Monobloco e do Leme ao Pontal não há nada igual.