terça-feira, setembro 12, 2006

pausa

depois o ruido
monótono do
relógio
e a torneira aberta
gotejando o tempo

nasce aqui
entre paredes brancas
e aqui mesmo perde-se
na transparência de dias iguais

a idéia é clara
cheira a alvejante, lavanda
pinho, puro reflexo
na superfície polida

um mundo sem sombras
e sem cor - pesado, medido ,
preciso
despido de máscaras
e tintas -

mas os olhos ligam estrelas
e decifram desenhos de sol
o sentido da vida, a palavra
grávida, o futuro