
De esperas e expectativas
Em algum momento chegamos a conclusão de que o que nos faz sofrer é o excesso de expectativas que criamos. Esperamos demais das pessoas, do trabalho, do futuro, da vida. Deveríamos ser sábios o bastante para abrirmos mão disso e aceitarmos a vida como ela é, um presente, e no presente. Para integrarmo-nos ao fluxo, para amarmos incondicionalmente, para aceitarmos que nada se perde e, ao mesmo tempo, nada permanece. Mas estamos só aprendendo, às vezes mais depressa, às vezes bem devagar.
Honestamente tenho que admitir que aprendi pouco: espero demais, queimo etapas, tenho às vezes uma pressa perigosa ou um temor paralisante. Medo do que é novo e cansaço do que é velho. Contraditória até a raiz dos cabelos, mas assim me reconheço, vivo, sigo em frente. Vida real. Nem sempre sei o que espero das pessoas, quase nunca sei o que esperam de mim, mas estou aqui e acredito . Acredito em coisas fora de moda: respeito, solidariedade, delicadeza, dedicação, troca. Acredito nas pessoas e por acreditar espero. E por esperar, quem sabe demais, fico triste.
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