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A boca. Os olhos. A curva dos ombros, os pés...Um rosto, meu rosto...
Desmonto meu quebra-cabeça: águas de Narciso, espelho de Medusa, salvo-me pela fragmentação.
Em lugar nenhum sou inteira. Construo um ser ao meu gosto e tudo me serve de espelho.
Cabelos, pescoço, olheiras que deveriam ter sido transitórias.
Reflexos, miragens, tudo parte de mim, fragmentos sem sombras.
E essa dor inexplicável de existir, em algum lugar, de alguma forma.
1 Comments:
Neysi, passei por aquí só para dizer alô, mas acabei lendo alguns poemas que curaram minha angústia de existir. Beijo.
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