
Tudo tem um preço. A frase clichê não me dá sossego. O que vale mais? O sono tranquilo ou a noite intencionalmente mal dormida? Não me dê respostas fáceis, não teria chegado até aqui se me contentasse com pouco. Me diz o que a gente deve buscar, o fim da estrada ou o caminho novo? O fim da sede? A paz ?Alguma coisa sempre falta, outra frase que ouvi não sei onde. Será que se pode viver dessa falta ou me abraço a ela e durmo?
Sou criatura da falta, o Nirvana não é para mim. Me alimento, cresço e existo através desse vazio, dessa dor sem lugar. Procuro sempre. Uma coisa, um lugar, um som. Procuro você e quase sempre encontro espanto, perplexidade ou aquela complacência que a gente reserva aos loucos ou às crianças. Mas você vem, cumplicidade às avessas, você vem e sua clareza confunde.
Nirvana. Sem vento.
Água transparente refletindo o céu.
...e o meu barco de velas coloridas?
(Prosa Sem Batom, fragmento)
0 Comments:
Postar um comentário
<< Home