
Eu faço samba e amor até mais tarde
E tenho muito sono de manhã
Escuto a correria da cidade, que arde
E apressa o dia de amanhã
De madrugada a gente ainda se ama
E a fábrica começa a buzinar
O trânsito contorna a nossa cama, reclama
Do nosso eterno espreguiçar
No colo da bem-vinda companheira
No corpo do bendito violão
Eu faço samba e amor a noite inteira
Não tenho a quem prestar satisfação
Eu faço samba e amor até mais tarde
E tenho muito mais o que fazer
Escuto a correria da cidade, que alarde
Será que é tão difícil amanhecer?
Não sei se preguiçoso ou se covarde
Debaixo do meu corbertor de lã
Eu faço samba e amor até mais tarde
E tenho muito sono de manhã
(Samba e Amor, Chico Buarque 1969)
em homenagem ao horário de verão...
A foto é da Biblioteca Nacional onde está tendo uma exposição sobre o Chico
Ah, o Chico...;-)
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