domingo, fevereiro 05, 2006
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Quando eu nasci a minha mãe morria
com uma santidade de alma em pena.
Seu corpo era translúcido.Ela tinha
sob sua carne um luminar de estrelas.
Morreu. Mas eu nasci.
Por isso levo
um invisível rio em minhas veias,
um invencível canto de crepúsculo
que me estimula o riso e mo congela.
Ela ajuntou á vida que nascia
o estéril ramalhar de vida enferma.
A palidez das mãos de moribunda
amarelou em mim a lua cheia.
Por isso, irmão, está tão triste o campo
atrás dessas
vidraças transparentes...
... Esta lua amarela em minha vida
faz com que eu seja um abrolhar da morte...
Pablo Neruda in O Rio Invisível
Através de você (se me permite, claro) deixo este poema ao Av.
Quando eu nasci a minha mãe morria
com uma santidade de alma em pena.
Seu corpo era translúcido.Ela tinha
sob sua carne um luminar de estrelas.
Morreu. Mas eu nasci.
Por isso levo
um invisível rio em minhas veias,
um invencível canto de crepúsculo
que me estimula o riso e mo congela.
Ela ajuntou á vida que nascia
o estéril ramalhar de vida enferma.
A palidez das mãos de moribunda
amarelou em mim a lua cheia.
Por isso, irmão, está tão triste o campo
atrás dessas
vidraças transparentes...
... Esta lua amarela em minha vida
faz com que eu seja um abrolhar da morte...
Pablo Neruda in O Rio Invisível
Se me permite, claro, gostaria de deixar este poema ao Av.
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